Oi. E aí? Como é que vai?
Você por aqui. Quanto tempo hein. A minha sorte é que a tecnologia é uma bênção, ela me permitiu voltar ao tempo para deixar uma mensagem para você no passado. Pra ser mais exata, no dia 20 de julho de 2020. Uma segunda-feira linda, como outra qualquer que nos brinda com mais um podcast vindo direto do futuro para você.
Eu falei já do parto que é criar conteúdo semanal, né? Pois é. É um parto mesmo. Mas sinceramente eu me recuso a criar uma justificativa para os meus atrasos e se em todo episódio eu ficar tocando nesse assunto, posso copiar e colar a introdução forevermente.
Essa bendita mania do cérebro enganar a gente com aquela vozinha. Faz amanhã, hoje você já trabalhou tanto… Ou então “Espera você ter um insight para um tema bacana…” e blá blá blá.
Como dizem os estudiosos da mente humana, nosso cérebro é muito inteligente, mas também ele é muito preguiçoso. Sempre querendo arrumar um jeitinho de economizar energia. Economizar pra quê, meu filho. Tá aí mesmo de bobeira. Bora queimar uns neurônios que a vida não tá pra brincadeira não.
Enfim deixa eu contextualizar então logo o tema do décimo segundo episódio do pocket podcast.
Há uns dias atrás eu participei da Mentoria que o Marcelo de Elias (lá vem eu de novo falando do Marcelo) para falar sobre o Marketing Digital, em especial do Marketing de Conteúdo pra um grupo fechado de palestrantes.
Uma vez por ano eu faço essa presença. Ano passado eu e o Jober gravamos um vídeo curto apenas, porque a gente já tava em Portugal. Mas neste ano, com a pandemia, a mentoria foi online então eu consegui estar virtualmente e ao vivo. Já que esses eram os status de todos.
Durante a realização da minha apresentação, enquanto eu falava sobre as redes sociais, precisei dar uma resumida e condensar o essencial, porque eu já tava falando demais e meu tempo tava acabando.
Foi neste momento que me dei conta de que existe uma lógica em comum nas redes sociais que, se as pessoas tiverem isso em mente, conseguem ter mais clareza do caminho que devem seguir e pelo que se preocupar. E por que não trazer isso para o pocket podcast, pronto, assunto escolhido. Sem desculpas.
Deixo claro aqui que o que vou apresentar é baseado no que reconheço e leio sobre os algoritmos e propósito das redes sociais. Mas elas mesmas, nunca deixam claro essas informações. A gente que tem que ficar testando pra ver o que funciona e o que não.
Espero não viajar demais em alguma das lógicas listadas aqui. Mas se isso ocorrer, fiquem à vontade para me avisar. Inclusive, se tiver outras lógicas para incluir aqui, elas são muito bem-vindas.
Bom. Avisos dados. Vamos lá então.
Apresento a vocês a Lista de 13 Lógicas das redes sociais
Elas valem tanto para você que apenas consome os conteúdos, como para você que cria conteúdos e realiza negócios com elas.
1. As redes sociais são empresas
Lembro que quando eu morava na Irlanda, eu fui fazer um trabalho em um evento no Google e postei uma foto toda feliz porque naquele dia eu podia dizer que já trabalhei no Google. Uma pessoa achou engraçado. Ela disse assim: Nossa, mas dá para ir no Google? Tem um lugar chamado Google? Daí eu expliquei a ela que sim. que por trás de um site maneiro que te ajuda a encontrar tudo o que quer, existe um negócio, e gigante!! Por isso acho importante dizer isso no tópico 1.
Por mais legal que seja interagir com amigos e parentes distantes, quando o assunto são as redes sociais (e a internet como um todo) estamos falando de business.
Isso significa que os empresários precisam rentabilizar tudo isso de alguma forma. E para fazer o negócio girar, nós usuários, pagamos com as moedas que temos: tempo e informação.
E se estamos do lado de quem vende e faz negócios pelas redes sociais, precisamos “comprar” o tempo e a informação dos usuários que queremos alcançar.
Ou seja, não existe almoço grátis.
2. O seu feed é único
Preste bem atenção, porque essa regra é a que vai pautar tudo o que vou falar aqui.
Se as redes sociais fossem mostrar tudo o que todos fazem em tempo real para todos, seria um caos completo.
Eu vi em um post da Forbes de 2015, que havia sido feita uma projeção de que em 2020 cerca de 1,7 megabyte de novas informações seriam criadas por segundo para cada uma das pessoas no planeta. Com a quarentena, alguém duvida que este volume foi pouco?
Com tantas informações assim disponíveis, o que as redes sociais fazem? Elas precisam categorizar, feed por feed, pessoa por pessoa para entender o que é mais relevante a ser mostrado para você. Boazinhas elas, né?
Essa é uma das razões pelas quais os posts da sua empresa aparecem para uma quantidade mínima de usuários.
O que as redes sociais alegam é que o que mais vale é a experiência do usuário. Nossa que bonito, chego até a ficar emocionada. Observe que este é o 2º tópico, não o 1º.
3. Conteúdo é rei
Esta talvez seja umas das coisas que mais me consolam e me dão esperanças rsrs.
Muitas pessoas me perguntam sobre o que fazer para seus posts serem mostrados para mais gente, quais as táticas e hashtags ideias e por aí vai.
O que eu respondo é o seguinte: existem sim recursos que se utilizados bem, vão ajudar a dar aquele empurrão pro conteúdo crescer e aparecer.
Mas digo também que, se você caprichar bem no conteúdo, conseguir chamar a atenção, envolver as pessoas e criar conexão com elas, aí meu filho, ninguém te segura.
Nada supera um conteúdo genuíno, legítimo, sincero e que as pessoas se identificam. Parece fácil falando. Já afirmo que não é. Às vezes dá a impressão de que é um alinhamento dos astros mesmos. E por isso é tão importante testar, testar e testar.
4. As redes testam seu conteúdo
Por falar em testes, lembrei disso aqui. As redes sociais fazem o seguinte. O que você ou sua empresa posta, elas olham e falam assim: Hum interessante, mas será que cola?
Aí elas mostram pra uma amostra dos seus contatos, da sua audiência, pra ver o que essas pessoas acham.
A partir dessa experiência elas vão decidir se mostram para mais pessoas ou colocam seu conteúdo na geladeira. É assim, quanto mais gente interage, maior a probabilidade de mais gente interagir.
5. Tudo é instantâneo.
Viu uma coisa e não salvou. Perdeu, Playboy.
É bem assim mesmo. Como existe muita coisa pra mostrar, se você gosta de algo e não interage, não salva, não printa e não lembra de que conta se trata, a chance de você encontrar aquilo de novo é beirando o 0.
Não adianta ficar rolando o feed na esperança de visualizar novamente. Vai por mim, guarde muito bem guardado o que você aprecia e quer ver de novo.
6. Afinidades e relacionamentos imperam
A tendência é que as redes sociais mostrem para você conteúdos relacionados às pessoas do seu convívio, aquelas com quem você mais interage ou tem uma relação próxima. Tudo isso vai sendo mapeado e criado um histórico individual. Repare para você ver. Coisas sobre sua família e amigos próximos são as primeiras coisas que pulam na sua tela quando abre o aplicativo.
7. Quanto mais você se interessa, mais elas acham que você vai se interessar.
Digamos que você esteja se sentindo um pouco acima do seu peso e esteja incomodado com isso. Você começa a seguir algumas páginas nas redes sociais sobre exercícios para perder barriga, busca algumas dietas ou receitas mais saudáveis.
Certamente, ao acessar as redes sociais, conteúdos relacionados a isso, assim como anúncios, vão começar a ser mais frequentes em seu feed.
Pelo fato de você ter demonstrado interesse por um assunto, as redes sociais entendem que se te entregarem mais dele, vão atender a sua necessidade e te manter ali.
Existe uma lógica, que aí não se aplica só às redes, mas a todos os veículos de massa. Estamos sempre sendo bombardeados com mais do mesmo. E isso é um problema.
Sem contar que acabamos entrando no que chamamos de bolha. Presos naqueles mesmos assuntos e perdemos a oportunidade de consumir outros conteúdos, abrir nossa mente para outros pensamentos e aprender coisas novas. Complicado.
8. O que uma pessoa fala vale mais que uma empresa fala
Isso já está muito explícito. Escancarado para quem quiser ver. Até pode parecer repetitivo, pois falei sobre os relacionamentos no tópico 5. Mas quero reforçar essa informação por um motivo.
A credibilidade e a relevância de uma página empresarial pode aumentar, na medida em que um usuário (pessoa física) chancela, ou dá o aval de que aquele conteúdo presta. É como se as redes dissessem: Bom, se fulano achou legal, então outras pessoas devem achar também. Então essa é uma oportunidade para as empresas serem vistas, incentivar que os usuários dêem esta credibilidade tão necessária. Como isso? Com comentários, reações, compartilhamentos…
9. Elas querem que você use a maior quantidade de recursos possíveis
Não se trata de usar ou não a hashtag X ou Y. Uma coisa é certa. As redes sociais criam recursos que é pra usar mesmo. E quando você os usa, está mostrando para as redes sociais que você é parceiro, você faz parte daquilo.
Isso se aplica principalmente quando elas criam recursos novos, porque, pela lógica do negócio, quando lançam algo novo, elas querem que o maior número de pessoas usem para que possam medir as atividades e avaliar os resultados o mais rápido possível.
Por exemplo, o Instagram lançou o recurso Reels, que é como o Tik Tok. E sabemos que a especialidade do Instagram é copiar as coisas que dão certo com os coleguinhas. Enfim. Com certeza, os primeiros a aderirem e utilizarem esse recurso, vão ter seus videozinhos espalhados adoidados por aí.
Então, quer ser visto? Abuse dos recursos: marcar pessoas relacionadas com o assunto (só as relacionadas pelo amor de Deus, não vai marcar fulano mais 49 pessoas em uma reflexão de bom dia), usar hashtags, marcar a atividade ou sentimento, colocar localização, fotos, vídeos, criar enquetes, eventos, fazer lives… a lista não tem fim.
Certo?
10. Elas não querem que você saia dela ou que influencie pra outras pessoas saiam
Como o tempo nas redes sociais é literalmente money, é lógico que o objetivo delas é que você passe o maior tempo possível ali.
Por isso elas acabam descredibilizando aqueles posts com links que levam o usuário para outras redes ou sites. Desconfio inclusive que se você escreve o nome de uma rede social concorrente, eles já conseguem identificar e “penalizam” seu post.
O fato é que as redes sociais dão prioridade ao que chamam de conteúdo nativo, ou seja, os conteúdos que nasceram ali.
Um exemplo clássico são os vídeos no Facebook. Ele quer que você insira seu vídeo diretamente lá. Aí ele fica feliz. Ele odeia quando alguém posta o link do Youtube lá. Fica a dica: Não irrite o Mark.
11. Elas são desenhadas justamente para te viciar e atrair a sua atenção
E digo mais: Se você não sabia, as redes sociais são psicologia pura. Existem profissionais super competentes na arte de atrair a sua atenção. Eles são mesmo muito bons nisso.
Quem inventou esse negócio de rolagem infinita, então. Esse cara é um gênio. Basicamente, é a possibilidade de você continuar vendo novas informações sem limite à medida em que desliza seu dedo ou o mouse pelo seu feed de notícias. Acabei de descobrir aqui: O criador da rolagem infinita chama-se Aza Raskin e explicou em uma entrevista que sua intenção era facilitar a experiência do usuário. Sei…
E as notificações então? São baseadas em estudos que mostram que a maioria das pessoas não gosta de ter tarefas pendentes e não sossegam enquanto não zeram aquilo.
Inclusive, dizem as más línguas que as redes utilizam técnicas aplicadas em cassinos, para te manter lá dentro.
Fica aqui a indicação de leitura de um texto que me ajudou neste tópico: Quatro truques de design que nos tornam viciados em celulares, da BBC.
12. Elas sabem o que você fez no verão passado.
Exatamente isso. Se você alguma vez na vida postou algo em uma rede social, jogou para o mundo, meu filho O seu histórico sempre existirá, o que pode depor a favor ou contra você. E como andam as coisas, nunca se sabe. É sempre bom dar uma checada no que você já postou e/ou avaliar bem o que vai postar.
13. Existem formas de você não ficar em uma bolha.
Sim. Nem tudo está perdido. Existem maneiras de você sair dos mesmos assuntos que são impostos a você. Vou colocar aqui algumas dicas.
Primeiro, o mais óbvio: Busque por outros temas. Coisas que não fazem parte do seu trabalho ou da sua rotina.
Quando encontrar uma página bacana que você quer ver mais daquilo, salve como favorito.
Não se limite às redes sociais, busque outras fontes de entretenimento e informação.
Traga também outros assuntos para a roda de conversa. Seja você o disseminador de assuntos diversos.
Nossa quanta coisa. Mais de 2 mil palavras. Certeza.
Por hoje é tudo. Lembre-se: Se você não entende de pessoas, você não entende de negócios.
Compartilha esse episódio com quem você acredita que vai aproveitar o conteúdo!
Por último, não menos importante, os recados finais (que tá ficando cada dia mais ensaiadinho)
Duvido você me adicionar no Linkedin (tô lá como Adriana Neves). E Pode me seguir também no Instagram que eu não ligo. O usuário é @adriananevex, com x no final.
Me segue lá que sempre que sai um episódio novo eu compartilho. Claro, se você quiser saber quando tiver episódio novo, né.
Ah! e tem o cadastro de email também. É assim, vou te explicar: você cadastra seu email e toda vez que tiver algum episódio novo, eu te envio um recadinho. Uma tecnologia de ponta. Pra se cadastrar, acessa o link que está aqui na descrição tá bom? Combinado então, vou ficar esperando: eepurl.com/g3h0Xr
Vou ficando por aqui. Outro dia eu volto com outra lista no Pocket Podcast. Sugestões são sempre bem vindas e usadas de vez em quando, só quando me dá vontade mesmo. Até mais.