Oi. E aí? Como é que vai?
Vamos lá, começar pelo começo. Sim, estou mais uma vez iniciando um novo podcast. Não. O antigo (Aquele chamado Slices of Life) permanece. Mas como o coitado ainda não tem uma cara definida, não tem um propósito claro, eu decidi deixá-lo descansando um pouquinho e quando o assunto que eu quiser falar não couber aqui, eu gravo lá.
Aqui a proposta é a seguinte. Vou sempre compartilhar listas. Não sei se você sabe,mas eu amo listas: de supermercado, de afazeres, de gastos, de gostos. Não pode deixar um papel e uma caneta por perto que a mão já coça para fazer uma listinha.
Aqui no Pocket Podcast quero fazer como se fosse um livro de bolso. Sabe aqueles livros pequenininhos que você lê uma tacada só. Essa é a intenção. Como um livro, só que em áudio. No início quis colocar o nome de “Podcast de Bolso”. Mas quando eu me deparei com a palavra Bolso, me veio logo à cabeça um assunto que definitivamente está na lista das coisas que eu não gosto de falar. Portanto, como vocês, o Pocket Podcast.
Para o primeiro episódio separei uma lista de 5 conceitos que todo mundo deveria conhecer pra quando alguém te perguntar, se é que já não conhecem. Reuni os resultados do Google, fiz um Copy Past maravilhoso e eis que o primeiro episódio ficou pronto. Nada como um Wikipedia para livrar nossa cara. Então, vamos a eles?
Peraí vou começar direito então.
Lista de 5 conceitos que você precisa saber quando alguém te perguntar
Número 1 – Bentoismo
O Bentoísmo ajuda indivíduos e organizações a tomar decisões auto-coerentes. É um guia para o nosso verdadeiro interesse próprio.
Bentoismo diz respeito à palavra “Bento”, que deriva de uma palavra japonesa que significa conveniência.
Uma caixa Bento sempre tem uma variedade de comida. Nunca muito de uma coisa só. Ou seja, uma caixa Bento é uma refeição conveniente, saudável e equilibrada.
Ele homenageia a filosofia japonesa que diz que o objetivo de uma refeição é estar 80% cheio. Dessa forma, você ainda está com fome no dia seguinte.
O Bentoismo é uma caixa de Bento para nossos valores e decisões. Uma maneira conveniente de fazer escolhas saudáveis e equilibradas e de viver uma vida mais coerente.
Ou seja, o Bentoísmo é um conceito que te ajuda a tomar decisões a partir de 4 pontos.
EU AGORA é a voz mais interessada. Está preocupado com o que quer agora. EU AGORA é nosso protetor. Ele quer estar seguro e protegido. É a parte de nós que também quer prazer e autonomia.
EU NO FUTURO é a versão enrugada de si mesmo que tomou todas as decisões certas. A voz que lembra seus compromissos. O obituário que você gostaria de ter. O EU NO FUTURO é impulsionado pelo propósito, coragem e busca da maestria – valores conquistados ao longo do tempo.
AGORA NÓS são as pessoas em quem confiamos e que confiam em nós. Nossas famílias, vizinhos, colegas de trabalho, pessoas com quem compartilhamos nacionalidade, etnia, gênero, religião, fãs de esportes e quem mais nos identifiquemos. Os principais valores que moldam nossos relacionamentos AGORA NÓS incluem justiça, comunidade e tradição.
NÓS NO FUTURO é a próxima geração. Nossos filhos e os filhos de todos os outros também. O NÓS NO FUTURO está preocupado com implicações em longo prazo. Valoriza muito a conscientização, o conhecimento e a sustentabilidade.
E então se você leva em consideração esses 4 pilares para tomar decisões, certamente elas serão melhores.
Número 2 – Sororidade
Sororidade é a união e aliança entre mulheres, baseado na empatia e companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum.
O conceito da sororidade está fortemente presente no feminismo, sendo definido como um aspecto de dimensão ética, política e prática deste movimento de igualdade entre os gêneros.
Do ponto de vista do feminismo, a sororidade consiste no não julgamento prévio entre as próprias mulheres que, na maioria das vezes, ajudam a fortalecer estereótipos preconceituosos criados por uma sociedade machista e patriarcal.
A sororidade é um dos principais alicerces do feminismo, pois sem a ideia de “irmandade” entre as mulheres, o movimento não conseguiria ganhar proporções significativas para impor as suas reivindicações.
Número 3 – Minimalismo (como estilo de vida)
‘Pessoas mais importantes que coisas’
De acordo com os escritores Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus, autores do documentário Minimalism: A Documentary About the Important Things (“Minimalismo: um documentário sobre as coisas que importam”, em tradução livre), que retrata a vida de pessoas que vivem apenas com o essencial, o minimalismo é um comportamento que torna pessoas mais importantes que as coisas que elas têm.
“Com menos importância para o material, podemos abrir espaço nas nossas vidas para o que realmente importa”, comenta Ryan, um ex-publicitário bem-sucedido, mas que chegou ao limite de estresse quando foi escalado para vender celulares para crianças de cinco anos.
O americano então vendeu 80% das coisas que tinha acumulado – carros de luxo, roupas de marca, um apartamento espaçoso -, demitiu-se e criou o blog The Minimalists com o amigo Joshua, ex-empresário que mudou de vida depois da morte da mãe.
Ryan explica que o minimalismo não é uma “competição” sobre quem tem menos coisas. “Ao contrário, queremos mais: mais tempo, mais espaço, mais paixão, mais experiências. Limpamos a bagunça do caminho da vida para sermos mais livres.”
O mínimo essencial
A palavra “minimalismo” surgiu de movimentos artísticos do século 20 que seguiam como preceito o uso de poucos elementos visuais, e, aos poucos, foi migrando para o campo do social.
“Enquanto expressão comportamental da sociedade, o minimalismo é um reflexo de movimentos contraculturais anteriores, como o punk e o hippie, que questionaram a sociedade de consumo e seus excessos”, explica o pesquisador em cultura e comunicação Marcelo Vinagre Mocarzel, professor da Universidade Federal Fluminense.
Diferente dos contraculturais, contudo, os minimalistas não buscam construir uma sociedade alternativa. “Os minimalistas têm buscado combater o consumismo por dentro do sistema. Isso quer dizer que eles trabalham, se vestem normalmente e até consomem.”
“Em certa medida, os minimalistas se aproximam mais dos capitalistas clássicos descritos por Max Weber: capitalismo não é o problema para eles, mas sim esse capitalismo selvagem ancorado na ostentação e no desperdício”, aponta.
De acordo com a escritora americana Francine Jay, autora de Menos é mais: Um guia minimalista para organizar e simplificar sua vida, livro considerado a “bíblia” do minimalismo atual, o minimalista valoriza as experiências e dá menos importância às posses materiais.
Fonte: bbc.com/portuguese/geral-41077549
Número 4 – Changeology Ciência da Mudança
Ao contrário da maior parte dos livros de autoajuda, o psicólogo clínico John C. Norcross, professor de psicologia da Universidade de Scranton e da Upstate Medical College , escreveu um “manual” com uma base científica sólida.
No livro “Changeology”, ou, “A Ciência da Mudança”, Norcross apresenta cinco passos para realizar os seus objetivos. Ele garante que é possível alterar radicalmente a sua vida aplicando as técnicas de mudança passo-a-passo, recheadas de conhecimentos testados e aprovados. Esta estratégia é fruto de 30 anos de pesquisas e utiliza táticas de modificação de comportamento que têm funcionado com sucesso para dezenas de milhares de pessoas.
Mas ele tem uma recomendação inicial: É possível mudar mais do que um comportamento ao mesmo tempo. Por exemplo, nada impede de você controlar a sua dieta e iniciar um programa de exercícios ao mesmo tempo, entretanto, você não deve tentar fazer mais do que duas mudanças significativas simultaneamente. É preciso ter foco.
Então, quais são os 5 passos para uma mudança comportamental?
Passo #1 – Preparação: A ação essencial para encontrar seus motivos
Passo #2 – Planejamento: Uma atitude necessária antes da ação
Passo #3 – Ação: Fazendo acontecer e celebrando as conquistas
Passo #4 – Perseverança: Gerindo os “deslizes”
Passo #5 – Persistência: Mantendo o ritmo da mudança
Número 5 – Serendipidade
Serendipismo ou ainda Serendipitia, é um anglicismo que se refere às descobertas afortunadas feitas, aparentemente, por acaso.
A história da ciência está repleta de casos que podem ser classificados como serendipismo. O conceito original de serendipismo foi muito usado em sua origem. Nos dias de hoje, é considerado como uma forma especial de criatividade, ou uma das muitas técnicas de desenvolvimento do potencial criativo de uma pessoa adulta, que alia perseverança, inteligência e senso de observação.
A palavra Serendipismo se origina da palavra inglesa Serendipity, criada pelo escritor britânico Horace Walpole em 1754, a partir do conto persa infantil Os três príncipes de Serendip. Esta história de Walpole conta as aventuras de três príncipes do Ceilão, atual Sri Lanka, que viviam fazendo descobertas inesperadas, cujos resultados eles não estavam procurando realmente. Graças à capacidade deles de observação e sagacidade, descobriram “acidentalmente” a solução para dilemas impensados. Esta característica tornava-os especiais e importantes, não apenas por terem um dom especial, mas por terem a mente aberta para as múltiplas possibilidades.
“ O acaso só favorece a mente preparada. ” — Louis Pasteur.
Então gente, por hoje é só. Outro dia eu volto com outra lista no Pocket Podcast. Sugestões são sempre bem vindas e usadas de vez em quando, só quando me dá vontade mesmo. Até mais.