Oi. E aí? Como é que vai?
O mundo está mesmo maluco. Quem diria que um dia eu estaria gravando um podcast sobre o Big Brother Brasil.
Quando o programa estreou eu tinha 13 anos de idade e gostava. Mas depois fui perdendo interesse, a fórmula parece que foi ficando desgastada e eu fui percebendo as manipulações e estratégias para direcionar as histórias a partir de um script muito bem feito.
Aí me cansei. Acho que como grande parte dos brasileiros.
Mas olha, o que aconteceu na edição de 2020 acho que nem mesmo nos melhores sonhos do Boninho ele podia ter previsto.
Foi mesmo uma edição atípica. E olha que interessante. Se eu assisti a 2 episódios transmitidos pela TV Globo foi muito. Na verdade eu ficava sabendo das coisas pelo Instagram, assistia às reprises e acompanhava os comentários dos Youtubers.
Eu andei lendo um pouco sobre este fenômeno e encontrei um texto bem esclarecedor escrito pelo Ronayre Nunes para o Correio Braziliense.
Reuni as informações, acrescentei as minhas impressões e cheguei aos…
5 principais motivos que explicam o sucesso do Big Brother Brasil:
1. O confinamento real
Cláudio Ferreira, escritor do livro “A dinâmica dos reality-shows na televisão aberta brasileira” diz que o sucesso dos realities shows de confinamento é sempre um mistério, porque depende da empatia do público com os participantes e isso muda a cada edição. Mas, em 2020, tivemos um elemento novo: o confinamento também passou a fazer parte das nossas vidas por conta da pandemia do coronavírus.
Ele acredita que o telespectador isolado socialmente, obrigado a se confinar, tenha se identificado com quem vai ‘profissionalmente’ para um confinamento que é transmitido para todo o país.
2. A vida alheia importa
Que o ser humano é louco por uma informação alheia, isso ninguém duvida. Faz parte da nossa natureza. No livro “Sapiens: uma breve história da humanidade” o Harari já dizia que a fofoca teve uma grande participação para a formação de grupos e o fortalecimento da espécie.
Além disso, assim como gostamos muito de saber da vida de pessoas comuns, gostamos mais ainda da vida de celebridades. E os realitys shows oferecem uma mistura entre realidade e ficção, entre comportamentos naturais e a artificialidade provocada pela vigilância constante. Para Carlos Ferreira o público, nestas duas décadas de entrada do gênero no país, acabou “aprendendo” a se divertir com essas contradições.
3. Falta do que se entreter
Com a maioria dos profissionais em confinamento, tivemos também uma escassez de conteúdos de entretenimento na TV aberta. Na TV Globo, por exemplo, as novelas pararam de ser gravadas e deram lugar à reprises de novelas antigas. Se não me engano só os telejornais e o Big Brother se mantiveram. Alguém me corrige se eu estiver enganada.
Ou seja, o BBB era o único conteúdo de entretenimento inédito da emissora. Era o que tinha.
4. Camarote e Pipoca
Claro que não podemos tirar o mérito da direção do programa. A 20ª edição já mostrava para o que vinha na seleção dos participantes.A sacada de trazer para o programa pessoas famosas que já possuíam audiência nas redes sociais foi brilhante.
Trouxe de volta para a tela TV um público que já não ligava mais para o reality show, mas que queria ver o ídolo como é na vida real.
Engraçado pensar nisso, pois na essência das plataformas deveria ser realmente o inverso.
Ou seja, nas redes sociais que são um espaço particular e “sem regras”, supostamente as pessoas deveriam ser mais autênticas. Já a TV, que é um ambiente mais profissional e controlado, as pessoas deveriam ser mais artificiais. Interessante né?
5. As queridas mídias sociais
Olha isso que o Carlos Ferreira disse: “As redes sociais fazem tudo repercutir com mais rapidez e talvez beneficiem mais os participantes individualmente do que os programas. Mas a internet como um todo permite acompanhar o que acontece nos realitys shows sem necessariamente assistir aos programas, o que é uma vantagem nesses tempos em que as pessoas não ficam mais tanto tempo diante da televisão.” É exatamente onde eu me encaixo.
De acordo com um comunicado oficial do Twitter, um levantamento da plataforma mostrou que até novembro de 2020 o Big brother Brasil 20 havia batido todos os recordes em Tweets no ano com mais de 278 milhões de menções.
Este número equivale a 10 vezes o registrado em 2019.
Por hoje é tudo.
Pegue a sua pipoca e reserve o espaço no camarote para ver como vai ser esta edição.
Uma sugestão? Não acredite em tudo o que vê na televisão. Tudo, mas tudo mesmo tem um roteiro pra ser seguido. Seja crítico, não crie torcidas desnecessárias, não se iluda. No fundo estamos falando de um negócio. E um negócio bilionário!
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